Se a pandemia do novo coronavírus fez você começar a se preocupar com o “novo normal”, com o mundo do trabalho pós pandemia, você está muito atrasado.
Já há algum tempo estamos vivendo a 4a. Revolução Industrial e ela é que está mudando o mundo do trabalho. A pandemia trouxe, apenas, mais mudanças.
A 1a. Revolução Industrial, tal qual a estudamos na escola, ocorreu em 1784, com a invenção e incorporação aos meios de produção da máquina a vapor. Foi o surgimento da mecanização.
A 2a. Revolução Industrial veio com a eletrificação das fábricas e o posterior surgimento da linha de montagem, cujo maior exemplo é o de Henry Ford, em 1913.
A 3a. Revolução Industrial começa nos anos 70 do século passado com a automação e o uso de computadores.
Com a velocidade das invenções tecnológicas deixando de ser linear para ser exponencial, de evolutiva para disruptiva, fazendo desaparecer outrora gigantes do mercado, temos a 4a. Revolução Industrial ou Indústria 4.0.
“Surgido na Alemanha por volta de 2012, o conceito da Indústria 4.0 envolve as inovações tecnológicas nos campos de automação e tecnologia da informação para manufatura. Com o objetivo base de criar processos mais rápidos, flexíveis e eficientes, a quarta revolução industrial promove a união dos recursos físicos e digitais, conectando máquinas, sistemas e ativos a fim de produzir itens de maior qualidade a custos reduzidos” (ALTUS, 2017).
De uma hora para outra surgem:
- Manufatura aditiva ou impressão 3D;
- Adição de material para fabricar objetos, formados por várias peças, constituindo uma montagem (BRASIL, 2020).
- Inteligência artificial;
- Segmento da computação que busca simular a capacidade humana de raciocinar, tomar decisões, resolver problemas, dotando softwares e robôs de capacidade de automatizarem vários processos (BRASIL, 2020).
- Internet das coisas;
- Representa a possibilidade de que objetos físicos estejam conectados à internet, podendo, assim, executar, de forma coordenada, uma determinada ação (BRASIL, 2020).
- Biologia sintética;
- É a convergência de novos desenvolvimentos tecnológicos, nas áreas de química, biologia, ciência da computação e engenharia, permitindo o projeto e construção de novas partes biológicas, tais como enzimas, células, circuitos genéticos e redesenho de sistemas biológicos existentes (BRASIL, 2020).
- Simulação;
- É utilizada em plantas industriais, para análise de dados em tempo real, aproximando os mundos físico e virtual, e no aperfeiçoamento em configurações de máquinas, para testar o próximo produto virtual, antes de qualquer mudança real, gerando otimização de recursos, melhor performance e mais economia (ALTUS, 2017).
- Realidade aumentada;
- Possibilita o envio de instruções de montagem, via celular, para o desenvolvimento de peças de protótipo. Possibilita, também a utilização de óculos de realidade aumentada, para games, softwares e procedimentos de trabalho.
- Big data;
- É a análise e gestão de grandes quantidades de dados, para a criação de cenários e rápida tomada de decisão.
- Sistema integrado de gestão;
- Também conhecido como ERP (Enterprise Resource Planning ou Planejamento de Recursos Empresariais), permite que as empresas gerenciem a operação, automatizando seus processos produtivos, financeiros, comerciais e gerenciais.
- Computação em nuvem.
- É o fornecimento de serviços de computação, incluindo servidores, armazenamento, bancos de dados, rede, software, análise e inteligência, pela Internet (“a nuvem”) para oferecer inovações mais rápidas, recursos flexíveis e economias de escala.
Muitas profissões já estão acabando e outras, que você nem imaginava, surgindo.
As mudanças relativas à 4a. Revolução Industrial são inevitáveis e não temos como ignorá-las.
E como nos preparamos para todas estas inovações? Quais os novos perfis profissionais exigidos? Quais devem ser nossas competências (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes)?
Somos o pilar mais importante desta revolução, mas precisamos de atualização rápida e constante.
Não esqueça: não é o mais forte que sobrevive, mas aquele que se adapta.